Um crente aplicava-se à
cooperação na igreja e, em decorrência de sua dedicação aos serviços de final
de culto, era sempre o último a sair do templo. Todavia, como aspirava ao
ministério, se não importava com o horário.
Um dia, após entrar no trem para
ir embora, o Espírito Santo o exortou a continuar a viagem além de sua estação.
Passaram-se algumas estações até que se sentiu impulsionado a descer. Ainda
estava indagando ao Senhor sobre o porquê de tudo aquilo quando recebeu uma
nova instrução: atravessar um terreno coberto pelo mato. Continuou submisso às
determinações do Espírito até chegar a um morro. E foi instigado a subir. A
hora continuava avançando noite adentro, mas chegou ao topo do morro, onde se
deparou com uma pequena rocha.
Era o ponto final. Então ouviu
novamente a voz bem clara e enfática:
Agora comece a pregar!
Mas Senhor, pregar para quem?
Ninguém me ouvirá daqui...
— Pregue! — insistia o Espírito
Santo. Diante da insistência, começou a pregar uma mensagem evangelística, de
salvação. Terminada a mensagem, sem que pudesse ver alguém o ouvindo, foi-se
embora, sem nada entender. Passaram-se anos e aquele homem foi ordenado
ministro. Assumiu a liderança de uma igreja, onde muitos conheceram a Jesus
por meio da Palavra. Um dia, um homem aproximou-se dele e perguntou:
Pastor, o senhor me conhece?
Olha, perdoe-me. São muitas
pessoas, e às vezes a memória falha... — tentou justificar-se.
Sim, pastor, o senhor realmente
não me conhece, mas com certeza se lembra do dia em que pregou em cima de uma
rocha num lugar totalmente deserto, não? Pois bem, eu havia fugido da prisão e
estava escondido atrás daquela pedra. Quando ouvi a mensagem, voltei e me
entreguei novamente às autoridades para cumprir o restante de minha
condenação. Mas também entreguei a minha vida a Jesus, e depois de cumprir
toda a minha pena, fui liberto e agora estou freqüentando a igreja.
Mesquita, Antônio – Ilustrações
para enriquecer suas mensagens

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