Paixão, Sexo… e Morte


Começou na praia numa tarde quente em meados de janeiro. Ele nunca conseguiu entender como tudo aconteceu, mas nunca esqueceu a emoção que sentiu quando viu aquela garota. Ao pensar em tudo que tinha passado, aquilo não fazia sentido. Ele era um homem estável, com esposa, filhos, dinheiro... enfim... tudo. Mas, na vida dele faltava alguma coisa. Talvez fosse aventura, perigo ou uma experiência arriscada. Ele não sabia com certeza. Porém, cara a cara com ela na barraca de sorvetes, ele achou que ela poderia dar o que ele estava precisando.

Ela tinha a metade da idade dele e nunca o amaria. Mas não importava.
Ele estava cansadíssimo de assistir às novelas em que outros homens viviam os sonhos sexuais dele. Agora, era sua vez. Naquele momento, nada mais importava, só a realização de suas fantasias.

O primeiro mês com ela foi um mês de paixão. Ele nunca tinha sentido prazer tão forte. Sabia que ele estava errado, mas seus sentimentos apagavam qualquer sentido de moralidade ou culpa. Durante aquele mês, o sexo foi sua vida. Todo o tempo, em todos os lugares, ele imaginava os dois juntos no quarto, beijando-se e amando-se.

O segundo mês foi um mês de perplexidade. A paixão não era tão intensa. Ele se sentia inseguro com ela porque pensava que ela estava rindo dele por causa da sua idade. O sexo tornou-se cada vez mais algo mecânico.
E quanto mais ele se esforçava para recuperar a paixão do início, mais ele ficava frustrado.

O terceiro mês foi um mês de desilusão. Perdeu sua amante. Perdeu sua esposa. Perdeu seus filhos. A esposa dele descobriu tudo logo depois que o caso tinha começado e foi direto para um advogado. Seus filhos, assistindo seu pai interpretar o papel de palhaço duma maneira tão convincente, nem queriam mais falar com ele.

O sonho virou um pesadelo. Ele estava numa rua sem volta e foi isso que o assustou mais. Apesar de ter estado junto dela por um período tão curto, sua vida tinha mudado para sempre. Ele não podia voltar para sua esposa, ainda que ela o deixasse voltar. Seus filhos, também, perderam a importância que tinham em sua vida. Ele os amava, mas aquela ligação especial entre pai e filhos tinha sumido. Agora, ele vivia para seus sentimentos, emoções e prazer. Sabia que não traria uma felicidade duradoura, mas esta força dentro dele era incontrolável.
Ele mudou-se para um apartamento, numa parte chique da cidade. Andava num carro importado (usado, mas em boa condição). Usava roupas de homem vinte anos mais novo. E até fez uma cirurgia plástica.

As noites ele passava nos bares, brincando com as meninas, tentando reviver aquelas semanas na praia onde tudo tinha começado. Ele até arranjou uma garota com quem viveu por alguns anos. Mas no fim, não deu certo e a mandou embora.
Ele morreu no seu apartamento --sozinho--numa tarde quente nos meados de janeiro.
No momento da morte todo mundo pensa em religião. Ele também. 
Ele se lembrava do aviso de um amigo:
— Escute bem rapaz, você não pode brincar com Deus! Há perdão para você também, mas aquele perdão não tem valor até que você pare de jogar lama na cara de Cristo. Não dá para dizer: "Me perdoa, Jesus" e voltar a pecar. Ele quer ser seu Salvador e também seu Senhor. Cara, estou te dizendo, se você continuar assim, vai chegar um dia que você vai estar tão confuso que nem vai querer o que Jesus te oferece.

E aconteceu como seu amigo falou. Por alguns momentos ele pensou "naquelas coisas" que aprendeu na igreja. Mas, logo sua mente esvaziou-se.
Toda sua vida ele dizia:
— O verdadeiro homem vive, não ora.
De acordo com o jeito que vivia, ele morreu, sem orar.
Nos fundos infernais da eternidade veio uma gargalhada sinistra. O grande engano funcionou mais uma vez!

A satisfação sexual está intimamente relacionada com a fé religiosa. Com admirável frequência, notamos que, quanto maior a intensidade das convicções religiosas de uma mulher, mais probabilidades há de ela satisfazer-se sexualmente no casamento.

Robert J. Levin na revista norte-americana Redbook
Porque existe tanta imoralidade, cada homem deve ter a sua própria esposa, e cada mulher, o seu próprio marido. O homem deve cumprir o seu dever como marido, e a mulher também deve cumprir o seu dever como esposa. A esposa não é dona do seu próprio corpo, pois ele pertence ao marido. Assim também o marido não é dono do seu próprio corpo, pois este pertence à esposa. Que os dois não se neguem um ao outro...(1 Coríntios 7.2 a 4)
Fonte: Histórias Evangélicas Volume 2

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