FARDO SALVADOR

Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. (Gl. 6:2).

A vida cristã envolve auxílio mútuo e responsabilidade pessoal. Quem se isola com o objetivo de evitar compromisso com o próximo, cria obstáculo à sua sobrevivência espiritual.

Sundar Singh tornou-se conhecido como um nobre indiano que se converteu a Cristo. Por essa razão, foi expulso do conforto da família. Preparou-se para o ministério e se propôs ir ao Tibete, para evangelizar seus habitantes. A viagem foi difícil, pois foi obrigado a caminhar na neve, sob os implacáveis ventos do Himalaia. Em sua companhia, viajava um tibetano que retornava a seu país.

De repente, Sundar viu na neve o corpo de um homem, e percebeu que a vida ainda estava nele. Fez, então, sinal para seu companheiro, que caminhava na frente, sugerindo-lhe que o ajudasse a carregar o caído. O tibetano, porém, protestou, negando-se a prestar auxílio, dizendo: "Se não acelerarmos o passo, o senhor e eu estaremos mortos dentro de alguns minutos." Sundar não deu ouvidos à sugestão do companheiro. Colocou o homem às costas e foi seguindo o mesmo caminho do tibetano. Se, antes, era difícil caminhar na neve, ainda mais agora, que tinha de carregar nos ombros o peso de um homem.

Lá adiante, depois de uma boa caminhada, Sundar notou que à sua frente jazia o corpo de um homem. Era o tibetano, morto pelo rigor da friagem assassina. O missionário entendeu, naquele instante, que também teria morrido, se não tivesse um fardo às costas. O intenso esforço físico salvou-lhe a vida.

Não nascemos para ser ilhas isoladas umas das outras. O inimigo, porém, criou barreiras, aumentou as distâncias entre os seres humanos, usando o preconceito e o espírito de acomodação. Tudo o que envolva esforço, amor e desprendimento é visto como estraga - prazeres. O desejo de servir foi substituído pelo desejo de ser servido, admirado e idolatrado.

No âmbito da igreja, há dois tipos de pessoas: os que carregam as cargas uns dos outros e os que caminham sem nada às costas. Os que se mantêm ativos, vacinam-se contra a morte espiritual. Há, entretanto, um grande número de pessoas sentadas nos bancos da indiferença. Não se envolvem nas lutas de seus semelhantes. Por quê? Falta de amor. A marca registrada da sociedade atual é o egoísmo. É certo que o mundo gravita em torno do Sol; mas também gravita em torno do homem. Balmes afirmou: "Há, certamente, no coração do homem, um sentimento doce que o inclina ao amor de seus semelhantes; porém, diante dele ergue-se outro sentimento duro, cruel: o egoísmo, que, por desgraça, triunfa amiúde sobre as boas aspirações."

Pensamento para reflexão:

Se não servirmos uns aos outros, morreremos na friagem de nosso egoísmo.

Comentários

  1. Amigo (a)
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